Essa arte tem o seu nome bastante conhecido devido a jogos de RPG e etc. Alguns já devem saber que essa prática é real e que existe ao redor do mundo como algo temido e respeitado.
Necromancia ao pé da letra significaria “adivinhação por intermédio dos mortos”, ou consulta aos mortos… Não seria correto dizer que a necromancia se resume apenas nisso, e também é incorreto dizer que a necromancia é um culto ou religião, em anos de prática qualquer ocultista concluirá que a necromancia em si na verdade é uma ferramenta ou método utilizado em boa parte dos rituais.

Mas o que consiste exatamente a necromancia? Simples a utilização da energia liberada pelo desprendimento do espírito e/ou a utilização de espíritos dos mortos para atingir determinado fim, ou seja, tábua Ouija, brincadeira do copo ou do compasso na verdade são formas de consulta necromânticas e as matanças que ocorrem em rituais satânicos ou culturas africanas também são práticas necromânticas, a necromancia está aplicada em inúmeras culturas e práticas.
Podemos dizer a grosso modo que necromancia utiliza corpos ou a energia liberada por eles como instrumentos ou ferramentas para rituais. Adivinhação utilizando pequenos ossos das falanges de uma pessoa, ou ossos de galinha, são métodos conhecidos e que muitas vezes assustam os leigos e impressionam os posers. Beber sangue de animais ou pessoas mortas, comer sua carne, oferecer um sacrifício, todos esses atos que por muitos podem ser considerados nefastos, são a essência geral da necromancia.

A Energia da morte.

Quando uma existência perece e deixa seu corpo físico ela não sai simplesmente deslizando como estamos acostumados em ver nos desenhos animados ou filmes, alguns dizem que é convocado um enorme anjo que guia essa pessoa por longos caminhos até seu destino, outros acreditam na imagem de um ceifeiro de capuz preto e manta gasta, outros acreditam que os parentes próximos à vítima que não vivem mais vem buscá-la… As definições são muitas, os métodos também, porém algo que se repete em muitas culturas é que quando alguém morre tanto essas entidades quanto pessoas sensitivas próximas a ela (ou não) são avisadas, algo como uma sensação que simplesmente encontra essas pessoas/entidades e as avisa que alguém morreu, mas o que viria a ser essa sensação.

Quando uma pessoa morre acontece então a separação do corpo físico do corpo etéreo, o romper do cordão de prata, e assim o espírito está livre para existir sem um corpo, porém sabemos que “partir” um cordão de prata não é tarefa das mais simples, tirando a morte, ocultistas conhecem poucas formas de fazer isso. Quando isso acontece uma quantidade colossal de energia é liberada, talvez como um sinal de aviso para as ditas entidades responsáveis por encontrar aquele espírito, ou talvez a forma como é rompido o cordão de prata seja mais violenta do que imaginamos e é necessária toda essa energia, ao certo não sabemos mas uma coisa é fato a energia que é exalada é enorme.

Nos cultos africanos as matanças de animais são comuns, algumas até com requinte de crueldade, porém a energia da morte como eles dizem é o que interessa em tais atos, a grosso modo dizem que o sangue é o alimento do santo porém a morte do animal em si é tão ou mais importante que o próprio sangue, essa energia desprendida é o que provavelmente alimenta tais entidades.

Necromancia e fantasmas

Infelizmente o que mais se encontra por ai é esse tipo de material, aquele que reduz a necromancia apenas ao contato com mortos para “adivinhar” coisas, prática proibida pela igreja inclusive, logo se quer ir pro céu nada de necromancia essa noite.
Nesse tipo de literatura os espíritos são chamados de “Familiares”, e esses tem algum tipo de ligação com o necromante e podem ou não ser úteis, e o necromante pode com o tempo ir treinando esses espíritos para que lhe sejam mais úteis, porém deve existir certa afinidade entre os dois. Pode-se encontrar na bíblia relatos de grandes necromantes conhecidos por sua adivinhação.

Agora que sabemos um pouco sobre necromancia estamos prontos para nos aprofundar no assunto e entender suas práticas.
Na Parte 2 dessa peça.

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