Série Juno, mês dos namorados – parte 2
Juno e Hera são figuras que se transpõe em muitas potências. Juno carrega em si diversos mitos que vieram de Hera, sua predecessora Grega, assim como de outras culturas anteriores a religião romana. Para celebrar essa ancestralidade, vamos explorar um dos símbolos de Hera: o pavão.
Na mitologia grega é dito que Hera estava furiosa com Zeus, seu consorte, pois ele estaria atrás de (mais) uma mulher que era sacerdotiza de Hera para faze-la de amante. Com ciúmes, ela transformou a sacerdotisa em uma vaca e recrutou o gigante Argos Panoptes para vigia-la. Argus Panoptes é um nome que faz alusão aos 100 olhos espalhados pelo corpo dele, significando omnividente (que tudo vê). Nos poemas homéricos Hermes executou ele para propiciar o encontro de Zeus e a sacerdotisa.Após o fim trágico de seu guardião, Hera transferiu seus olhos para as penas de um pavão, e esse animal passou a puxar sua carruagem. Esse gesto simboliza a importância da missão que foi fatal para o gigante, assim como a eternização e louvor a ele por Hera: antes da Deus chegar, a frente avistava-se o imponente pavão carregando o legado de Argos.
Os animais são seres que carregam forças da natureza e manifestam simbolismos e arquétipos. O uso mágico deles em meditação, rituais e feitiços é muito antigo, e para o caso de Juno-Hera, o pavão tem sua magia: beleza, nobreza, confiança, lealdade, compaixão, legado e proteção. A cautela do poder do pavão é com o orgulho. A beleza evocada por esse arquétipo não pode ser superficial e unicamente externa: é fácil pensar que ela vem da plumagem, é dito que ele tem poder de transformação, renascimento e imortalidade e pode “digerir” qualquer experiencia.
Nesse mês dos namorados, decore seu espaço com penas de pavão para evocar esses elementos em sua vida: adicione nos buquês, vasos e arranjos, coloque no cabelo com o prendedor e conecte-se com essa energia.