Olá queridos, aqui é a Tamara da Petasum Corvus e vamos falar sobre a importância do mês de outubro para o povo pagão.

Sabe aquela sensação que as crianças sentem com a proximidade do Natal? É o que acontece comigo em outubro e acho que com uma boa parte da comunidade pagã. É sempre um mês cheio de acontecimentos. Outubro é o mês que dedico à Mórrígan e minha devoção a ela e a servi-la. Em outubro comemoramos o dia da Sacerdotisa e ainda temos o Samhain. É realmente um fechamento de ciclo e quase tudo de importante na minha vida acontece em outubro. Mas o que importa para todos nós e o Samhain, então vamos lá!

Samhain é um festival religioso pagão originário de uma antiga tradição espiritual celta. Nos tempos modernos, Samhain (uma palavra gaélica pronunciada “SAH-win”) é geralmente comemorado de 31 de outubro a 1º de novembro para dar as boas-vindas à colheita e inaugurar “a metade escura do ano”. Os celebrantes acreditam que as barreiras entre o mundo físico e o mundo espiritual se rompem durante o Samhain, permitindo mais interação entre humanos e habitantes do Outromundo.

Samhain antigo

Os antigos celtas marcavam o Samhain como o mais significativo dos quatro festivais trimestrais do fogo, ocorrendo no ponto médio entre o equinócio de outono e o solstício de inverno. Durante esta época do ano, as fogueiras nas casas das famílias eram deixadas queimando enquanto a colheita era feita.
Depois que o trabalho de colheita era concluído, os celebrantes se juntavam aos sacerdotes druidas para acender uma fogueira comunitária usando uma roda que causaria atrito e faísca de chamas. A roda era considerada uma representação do sol e usada junto com as orações. O gado era sacrificado e os participantes levavam uma chama da fogueira comunitária de volta para sua casa para reacender a lareira.
Os primeiros relatos sobre os celtas apresentam o Samhain como uma celebração obrigatória com duração de três dias e três noites, onde a comunidade era obrigada a se mostrar aos reis ou chefes locais. Acreditava-se que a falta de participação resultava em punição dos deuses, geralmente doença ou morte.
Havia também um aspecto militar no Samhain na Irlanda, com tronos festivos preparados para comandantes de soldados. Qualquer um que cometesse um crime ou usasse suas armas durante a celebração enfrentava uma sentença de morte.
Alguns documentos mencionam seis dias de consumo excessivo de álcool, normalmente hidromel e cerveja, juntamente com banquetes e a carne dos animais sacrificados.

Monstros Samhain

Como os celtas acreditavam que a barreira entre os mundos era rompida durante o Samhain, eles preparavam oferendas que eram deixadas fora das aldeias e campos para as fadas, ou Sidhs.

Esperava-se que os ancestrais também pudessem cruzar durante esse período, e os celtas se vestiam como animais e monstros para que as fadas não fossem tentadas a sequestrá-los. Aí está a origem do Halloween.
Alguns monstros específicos eram associados à mitologia em torno do Samhain, incluindo uma criatura que muda de forma chamada Pukah que recebe oferendas de colheita do campo. A Lady Gwyn é uma mulher sem cabeça vestida de branco que persegue andarilhos noturnos e era acompanhada por um porco preto.
Os Dullahan às vezes apareciam como criaturas travessas, às vezes homens sem cabeça montados em cavalos que carregavam suas cabeças. Montando cavalos de olhos flamejantes, sua aparição era um presságio de morte para qualquer um que os encontrasse.
Um grupo de caçadores conhecido como Faery Host também podiam assombrar no Samhain e sequestrar pessoas. Semelhantes são os Sluagh, que vinham do oeste para entrar nas casas e roubar almas.

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