ATOS NEGROS - setembro 6, 2021

Sob a minha pele

Olá pessoas, eu sou a Delirium da Occulta Umbra e Imperium Fortuna e hoje é dia de rito. Sabemos que os Torneios estão chegando e com eles todo o fuzz envolvido, as casas chegam com suas práticas como um preparo para o momento e hoje é dia de uma prévia sobre.

Estava eu, uma camponesa feliz e contente, no frio do cerrado (sim, era cedo), ouvindo Sinatra, quando me dou por mim “isso daria um ótimo rito de ataque”.

Under My Skin.

O termo significa literalmente “sob a minha pele”, e a inspiração do rito vem daí. A ideia aqui é que o alvo sinta como se houvessem insetos rastejando sob a pele.

Ah, a tripofobia.

Todos já devem conhecer o termo, mas a maioria não sabe que tripofobia não é de fato uma fobia, é uma resposta inconsciente que provavelmente vem de um senso de proteção (como gatos que nunca viram serpentes se assustarem com pepinos).
Você já experimentou a agonia ao olhar para aquelas formas que remetem a pequenos buracos com larvas dentro?! A maioria das pessoas experimenta uma sensação de algo rastejando sob a pele e arrepios, juntamente com um impulso que as faz coçar.

Essa é a ideia, é isso que vamos buscar no rito de ataque, mas vamos fazer de uma forma um pouco mais elaborada…

Guarde essa lembrança em mente.

Vamos precisar então de tecido, agulha, linha, um rolo de barbante e algo que pertença ao alvo.

Para a confecção de um boneco Voodoo precisamos essencialmente de 3 itens:
Algo para construir o invólucro (a parte externa, vamos usar aqui tecido, pode ser de uma peça de roupas do alvo ou TNT branco).
Algo para encher o boneco, e aqui temos dois elementos essenciais: carne crua (um bife bovino ou carne moída fresca) e um objeto ou algo que pertença ao alvo (unhas, cabelo, uma peça de roupa, um anel, um isqueiro, enfim, algo que pertença ao alvo ou que remeta imediatamente ao mesmo).
E também o barbante, que aqui faz toda a diferença.

Uma limpeza sempre cai bem.

Prepare o local de confecção do boneco, faça um banimento prévio e levante seu círculo. Como explicado outras vezes o ambiente deve servir ao seu propósito sem que energias ou egrégoras fiquem vagando pelo meio após o rito, por isso é necessário uma limpeza prévia e um banimento após.

Mãos à obra.

Pegue o tecido e recorte no formato de um boneco e costure.

Enquanto costura traga a mente as sensações experimentadas ao olhar para aqueles pequenos buraquinhos, deixe sua tripofobia gritar!

Verbalizando o intento.

Diga em voz baixa o nome do alvo e repita “que o alvo não encontre descanso, que ele sinta sob sua pele larvas rastejando, insetos mordiscando, que a agonia não lhe permita pensar. Que o cheiro de insetos e carne morta seja uma constante impregnando todo o ar, que em seus ouvidos haja constantemente sons como o bater de pequenas asas dentro de sua cabeça, que seu couro cabeludo seja tomado por arrepios constantes, que ele sinta sua pele coçar num impulso inconsciente e incontrolável. Que não haja sono, não haja fome, não haja paz”.

Deixando um espaço sem fechar, coloque os outros itens dentro do boneco (a carne e o item que você tem do alvo). Costure então fechando tudo.

O diabo mora nos detalhes.

Vocês já devem ter notado que não é exatamente o voodoo, é bem mais sobre canalização de vontade apesar de carregar os mesmos elementos.
Aqui não iremos entoar cânticos que remetam a egrégoras, a ideia é que sua vontade seja o centro de tudo.

Sente-se confortavelmente com seu “boneco” e mãos e tenha consigo um rolo de barbante, é hora de tecer.

Esse processo exige uma baita duma canalização de energia e muita visualização, esvazie sua mente e respire, se concentre nas suas mãos, nos seus dedos e se foque totalmente no passo a seguir, nada deve cruzar sua mente além do mais puro intento.

Desenrole o barbante e comece a enrolar o mesmo no boneco, segure-o com uma mão e com a outra vá enrolando o barbante, visualize o que deseja e repita sussurrando as palavras descritas anteriormente, como um mantra ou uma oração, repetidamente.

Enrole o barbante, torça, aperte, traga para sí as sensações, sinta a energia fluir em direção ao boneco, em direção ao barbante e amarre, dê nós e a cada nó repita seu intento.
A ideia é que o estado de transe seja alcançado durante o tecer.
Faça até que o rolo de barbante chegue ao fim, enrolando, torcendo, apertando e dando nós ao longo do corpo do boneco.

Localização é tudo.

Vamos precisar então de um formigueiro, de preferência de formigas que causem picadas dolorosas.
Encontre o local e coloque o boneco dentro do formigueiro e ao deixar o boneco lá repita as mesmas palavras que repetiu durante a confecção do boneco.
Deixe-o lá e está feito.

Agora diz pra gente o que você achou.


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