ATOS NEGROS - setembro 6, 2021

Quando comecei todos estavam respirando

Quem nunca teve que repetir essa frase, não é? Vamos continuar o tema dessa semana sobre as merdas que acontecem durante uma evocação e que o filme O Espelho – 2014 mostra direitinho mesmo que alguns não tenham percebido, então se prepara que o assunto hoje é meio pesado.

A culpa é do espelho

Eis uma coisa que quase todo novato pensa e é totalmente errado, quando você faz uma evocação e utiliza uma “ferramenta de passagem”, como espelho negro, gema ou qualquer outra, o imbecil do novato tende a imaginar que o perigo vai sair daquela ferramenta como se fosse um monstro pulando de um armário, o que faz com que esse imbecil e toda a sua equipe de jovens idiotas fique prestando atenção exclusivamente na ferramenta de passagem, quando do nada eles só sentem a mão gelada vindo por trás e calando suas boquinhas fofas. Logo, entendam, o espelho em si não tem quase nenhuma ligação com o caos em si, mas o imbecil do comandante do ritual.

Bichos por todas as partes

Ao contrário do que muito pensam, um ritual quando dá errado não é como se você abrisse a porta do metrô de SP linha “seu cu – Inferno”, obviamente podemos ter casos onde mais de uma entidade vem para esse plano devido à falhas no ritual, mas o que normalmente acontece é a falta de controle sobre UMA entidade que pode ou não ser a que o praticante queria conjurar, o que não diminui o risco, na verdade até aumenta pois ter apenas UMA entidade se alimentando da essência dos participantes do ritual é mais “prático” que várias entidades dividindo o banquete, logo temos uma entidade mais potente e com mais tempo de duração nesse plano.

Cabeça fraca, morte certa

Todo mundo quer ver efeitos especiais como em filmes e séries sobre o sobrenatural, e vocês devem ter percebido que alguns praticantes dizem ter presenciado alguns efeitos bem interessantes em meio ao caos de uma entidade comedora de rabos, mas reparem que mesmo sabendo que é possível ainda viramos o nariz e imaginamos que seja só alguém enfeitando o pavão, porém vou dizer uma coisa aqui e que vai mudar totalmente a forma como você vê “efeitos especiais” em rituais… Sabe qual é a merda? Eles realmente acontecem.

Ah tá Gigim, agora vem as bolas de fogo

Muito engraçado você, seu merdinha, mas vamos falar sério agora. O filme O Espelho mostra exatamente como isso ocorre e apesar de bem assustador, é bem mais simples do que parece, vocês já se perguntaram por que existem tantos apetrechos e rituais de proteção? E por que tanta coisa deve ser feita para que o conjurador mantenha o controle da entidade durante o ritual? E como o termo “loucura” é repetidamente utilizado em obras de ocultismo prático?

Pois é seu imbecil, quando se pratica um ritual onde você obriga um bicho do lado de lá a ficar preso num pequeno espaço confinado enquanto você absorve a energia dele só porque tem cheiro diferente e depois você pretende largá-lo lá do outro lado todo esgotado… eles também tem algumas ferramentas pra estourar a granada, e o pino, é a sua cabeça.

Você é um merda em achar que é FODA

Lembram que eu citei na primeira parte do texto que o orgulho é o que mais fode o magista? Pois é, uma coisa é fato, só dorme de janela aberta que confia que ninguém vai entrar durante a noite, e a cabeça do ocultista durante um ritual é exatamente isso, uma janela que você tem a escolha de deixar aberta, fechar, ou blindar e a entidade nada mais é que um serial killer estuprador de criancinhas louco pra procurar o que você guarda no armário, por conta disso muitos ocultistas que se acham fodões viram brinquedo sexual do capeta logo nas primeiras conjurações… Simplesmente porque achavam que eram fodões demais para que isso acontecesse com eles.

Mas o que pode acontecer?

Nessa parte da matéria eu vou citar apenas duas situações porque o texto está ficando longo, amanhã apresento mais algumas situações que normalmente acontecem.

Sinforoso do Capeta

Exatamente isso que você pensou, uma entidade sai do controle e enfia o braço no teu rabo e controla tudo o que você faz, você pode ter a sorte do braço ser muito grosso e na entrada você acabar sendo desplugado da sua consciência, algumas horas ou dias depois você vai acordar em algum lugar desconhecido com um cachorro lambendo a sua cara e você se perguntando “onde eu estou”, virá a ressaca moral e você ficará algum tempo montando o quebra-cabeças do que foi o período em que você esteve apagado, você pode conseguir ou pode ficar com um buraco na memória pra sempre, vai depender de como fez o  ritual. E tem a segunda opção, onde você permanece consciente porém sem controle nenhum do que tá fazendo, é bem perturbadora porém ao menos você sabe que tá sendo enrabado.

Você vê o que eu quiser que veja

Esse é o tipo de falha que faz com que existam tantos relatos de efeitos especiais, quando tudo dá merda o cérebro do praticante imbecil se torna o novo brinquedo de realidade virtual da entidade, ao contrário da situação anterior nesse caso não há possessão, apenas uma entidade brincando com a sua cabeça, você pode ficar o tempo inteiro do ritual sentado em posição de lótus por horas, enquanto na sua cabeça você está fazendo dezenas de coisas que são absurdamente essenciais para a prática saudável do ritual, você vê que está fazendo e vê os efeitos daquilo ocorrendo, porém você não fez nada e deixou todas as janelas abertas para mais e amis entidades entrarem e comerem as rabas de todo mundo. E nesse caso nem é a pior pois ao menos você só deixou de fazer algo, mas no próximo caso você vai querer fazer rituais usando fraldas, garanto.

Porém, fica pra amanhã, espero que aproveitem esse texto.

Até a próxima, Hasta!


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