LIVRO ZERO>6ª TEMPORADA - setembro 6, 2021

Livro 0.3 – O Pintor

Ao fundo do corredor como quem tenta parecer uma assombração Hannow é observado, a escuridão misturada com uma luz fraca e vermelha dá um tom de puteiro com filme de terror que com certeza tornou-se brega, mas enquanto Hannow lembrava da bela jovem de olhos verdes e que assustadoramente parecia tentar se mover na pintura à sua frente, a figura ao fim do corredor caminha em sua direção.

– Hannow, meu bom e velho Hannow… Atrasado e feio como sempre. – O homem não parecia muito assustador, vestindo uma calça jeans preta com alguns rasgos, um chinelo de couro e sem camisa.

– Percebo que ainda gosta de observar meu belos quadros, você ainda consegue ouvi-los ou já tomou tantas surras que seu dom foi arrancado de você? – Agora que o homem chegou mais perto de Hannow pode-se perceber que seu corpo é carregado de tatuagens e piercings, alargadores e implantes subcutâneos, mas estranhamente, apesar da grande quantidade eles parecia estar em uma certa harmonia que não geravam surpresa, mas uma vontade de observar.

Hannow apaga o cigarro cigarro no carpete vermelho e gasto do corredor onde os quadros estão expostos, sua mão parece querer levantar para tocar o rosto da bela jovem na pintura, essa que não está mais deitada no divã cafona, mas de frente à Hannow como se o que separasse eles fosse uma tela de vidro invisível, a aparência da jovem já não era mais bela e artística como quando no divã, mas destruída e acabada assim como Hannow lembrara, e ainda assim, seus olhos… eles continuavam lindos.

– Tenho que falar com você, Pintor… E tenho certeza de que não vai gostar, então onde podemos beber algo que me faça esquecer essa sua aparência tenebrosa?

O pintor fica calado por um segundo e apresenta uma face séria, e encara profundamente Hannow, nesse momento é possível perceber que até seus globos oculares são tatuados, porém não como normalmente se encontra, onde cobre-se toda a área com uma cor só, os dele tem pequenos escritos que são tão pequenos porém tão detalhados que apresentam uma qualidade cirúrgica.

Hannow continua a encarar o Pintor enquanto acende um cigarro, mas esse lhe interrompe enquanto se volta à direção que veio.

– Seu maldito sem alma, essas merdas que você fuma ainda vão te matar, de novo, vamos para o meu salão e vamos fumar algo que homens fumam, não essas merdas que você carrega.

O pintor segue em direção à uma grande porta velha de madeira onde era possível perceber em suas frestas que haviam luzes coloridas se movendo no que deveria ser o próximo cômodo, porém antes que Hannow pudesse imaginar que merda iria encontrar do outro lado o Pintor abre a porte e solta um sarcástico.

– Bem vindo ao meu atelier.


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