ARS ARCANUM - maio 30, 2023

Barghest & Magia do Caos pt-2

Olá bruxedo, hoje a segunda parte sobre magia do Caos e as relações de arquétipos correspondentes entre si.

Bul-Gae:
Bulgae é uma raça de cão indígena coreana sasari, que significa “cão perseguidor de fantasmas”, são conhecidos por serem fortes e ferozes, conhecidos também como os míticos Cachorros de Fogo ou cães bestiais do reino das trevas que sempre perseguem o sol e a lua, causando eclipses quando mordem ambos os corpos celestes.

Sarama:
Na cultura indiana, temos Sarama (“A rápida”) descrita no Rig Ved, era o cão de Indra. O Veda conta que Sarama teria perseguido e recuperado as vacas roubadas pelos Panis (Uma classe de demônios descritas no Rig Veda). Alguns estudiosos interpretam essas passagens como que os hindus sejam na verdade os primeiros a domesticar um cão de guarda para proteger uma propriedade.

Xolotl:
Xolotl é um deus asteca do fogo e iluminação, doenças e deformidades, a personificação negra de Vênus, a estrela da noite. É irmão gêmeo de Quetzalcoatl, que guia as almas durante sua jornada por Mictlan, a vida após a morte. Era encarnado como uma salamandra Ambystoma mexicanum, que recebeu seu nome popular de Axolote e também descrito como esqueleto de um homem com cabeça de cão e pés invertidos.

Hécuba:
Na mitologia grega e romana, Hékuba assiste a destruição de Troia e ao massacre de sua família, ao ser levada para Tracia é apedrejada, ela mordem aqueles que tentam feri-la, os deuses a transformam numa cadela preta, logo após é acolhida como familiar de Hekate.
A Deusa da magia é muitas vezes retratada em meio a cães negros com olhos vermelhos flanejantes, a esses cães também lhes é conferido o dever de proteger o submundo.

Totem:
No xamanismo a proximidade que os cães tem com os Lobos, também lhes confere o aspecto de grandes professores e detentores da sabedoria ancestral.
O Totem do Cachorro nos ensina o real valor da amizade, companheirismo, fidelidade e devoção.
Por toda a história, o cachorro é conhecido guardião e amigo fiel, protegendo as tribos, alertando sobre os perigos e até se sacrificando em benefício dos humanos. A devoção desse animal a uma raça diferente da sua nos ajuda a compreender o sentido da Unicidade, do amor por todas as formas de vida, sem distinção.

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Simbiose mágika – Arquétipos se agregam?

Todos os povos e civilizações que continham culto a divindades ou que aceitava a espiritualidade como parte de sua vida, muitos destes reconheciam um deus solar, um deus pra cura, pra morte, chuva, colheita etc… São as mesmas essências transcritas com roupagens diferentes para cada cultura, os gregos comparavam seus deuses aos de outros povos, observando os aspectos, diziam que eram os mesmos, em parte para validar sua própria fé.
As figuras do cão descrito acima, contém semelhanças entre si, eis algumas citadas…
De um modo brando:
*Guardião;
*Protetor;
*Fiel;
*Devoto;
*Sabedoria ancestral.
De um modo abrupto:
*Destruição;
*Vingança;
*Morte;
*Violência;
*Conhecimento oculto.

Esses cães sobrenaturais compartilham fragmentos de um mesmo arquétipo, uma egrégora vasta e com o advento da magia do Caos, essa egrégora assim como tantas, crescem exponencialmente em práticas mágikas, sistemas diversos de evocação e criação de entidades artificiais.
Com o domínio da arte de evocar, não apenas entidades mas sim Egrégoras, com as devidas chaves de acesso, podemos utilizar a essência desses arquétipos, forjar ferramentas, assim como o Caos Magick propõe que façamos, utilizar as várias vertentes (que se agregam) à nosso favor.

Na segunda parte desse tema, trarei a vocês uma criação mágika com base nesse arquétipo de cães sobrenaturais. Deixem seus comentários para que possamos expandir esse conhecimento.

– Todo homem e mulher é um laboratório.

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