TEMA GERAL - setembro 12, 2014

Meditação Transcendental

Mas o que é então, a Meditação Transcendental?

A Meditação Transcendental é uma técnica de meditação. A meditação não é religião, embora possa ser usada como prática espiritual nas várias religiões. Meditação não é rezar, não é crer ou acreditar, não é pensamento positivo, não é uma moda. Para meditar não é necessário ter um deus, uma igreja ou seita. Ateus, agnósticos ou crentes de qualquer fé podem meditar com o mesmo sucesso, e beneficiar dos efeitos positivos desta prática.

Meditação não é uma prática de grupo isolado, não impõe estilos nem rotinas específicas de vida, não exige mudança de convicções, nem é só para alguns ou para ascetas em reclusão. Ameditação é – deve ser – para todos! Desde que se possa pensar, pode-se meditar. Todos podem ter acesso aos benefícios para a vida que a ciência comprova na prática diária da meditação.

Numa expressão curta, a meditação aquieta a mente. Diminui a actividade da mente. É um estado de simplicidade da mente. A mente quieta produz um corpo relaxado. Na meditação, a mente está quieta, mas a consciência mantém-se, acentua-se, expande-se.

A Meditação Transcendental é uma técnica para permitir que a mente se recolha no seu próprio silêncio. Partindo do “barulho”, do “ruído”, dos pensamentos que assolam normalmente a mente, dos “turbilhões da mente”, para chegar à quietude, ao silêncio consciente, à paz interior, à serenidade do Ser. E o corpo aquieta-se quando a mente se aquieta. Ligado de forma indissociável à mente em repouso profundo, também o corpo obtém repouso profundo.

Esta meditação é um processo completamente natural, não envolve esforço. Trata-se apenas de criar o “ângulo correcto do mergulho”, que permite que a atenção mergulhe sem esforço, facilmente, e se dirija naturalmente para  níveis sucessivamente mais agradávies da actividade da mente. Transcenda os aspectos mais concretos, mais superficiais, mais “barulhentos”, com mais significado intelectual, para atingir os níveis mais abstractos, mais indistintos, mais rarefeitos do pensamento e, mesmo, transcendendo este nível, chegar ao nível da transcendência plena, da consciência transcendental, em pleno silêncio, paz e bem-aventurança ilimitadas. É a técnica para isto. É uma técnica. Uma tecnologia da consciência para o conhecimento do Eu, do Ser, Atma. Uma viagem muito bela.

A Meditação Transcendental é, assim, uma técnica de libertação, para chegar à verdadeira liberdade, uma liberdade só possível se for baseada numa consciência plenamente expandida, na utilização plena dos 100 por cento do nosso potencial mental disponível, por oposição à utilização de apenas 5 ou 10 por cento desse potencial, que os psicólogos afirmam ser a média geral da população. A ciência confirma-o, e ignorar a ciência e o estado do conhecimento científico actual neste domínio, como noutros, apenas pode levar ao insucesso e, mesmo, ao desastre.

O que tem qualquer pessoa, de qualquer estrato social, de qualquer proveniência geográfica e cultural, de qualquer sexo, de qualquer raça, de qualquer idade, de qualquer nível de conhecimento, de qualquer filiação religiosa ou filosófica, a ganhar com a prática da MEDITAÇÃO TRANSCENDENTAL? O ganho está na optimização da capacidade de perceber. De conhecer… (“conhece-te a ti próprio”) a realidade essencial daquilo que somos como seres humanos e, conhecendo isso, conhecer tudo o resto que existe em redor.

A MEDITAÇÃO TRANSCENDENTAL cria a condição na mente para que, de forma totalmente sem esforço, numa progressão natural na procura de campos de maior felicidade, a percepção marche em direcção à fonte do pensamento, aquele estado consciente donde são originados todos os pensamentos e que, em si mesmo, está quieto, sem excitação, em silêncio. Este é o campo de todas as possibilidades para a mente e para toda a vida que, uma vez experimentado, uma vez estimulado, aumenta o espectro de possibilidades de realização nas várias áreas da nossa vida. Tudo o que é bom para a mente aumenta com a experiência regular do Ser na Meditação Transcendental.

Mais calma e silêncio interior mesmo quando estamos envolvidos na actividade mais exigente, maior inteligência, maior capacidade de dar atenção e de, assim, não desperdiçar oportunidades de realização que vão surgindo na nossa vida, maior capacidade de concentração quer no estudo quer na prossecução de objectivos, maior independência de campo e maior invencibilidade face aos desafios exteriores, mais doçura de coração, maior capacidade de amar e de dar, mais capacidade para agir correctamente de forma espontânea evitando os erros que comprometem a nossa realização, a concretização dos nossos desejos, maior felicidade.

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