ALQUIMIA - junho 3, 2020

Lei do Karma

Pequena Intro sobre Lei do Karma

O impulso natural da Fonte é descobrir cada vez mais acerca de Si Mesma. É por isso que tudo existe em todo o lado! A Fonte sabe que a sua natureza é estar em harmonia plena em Si Mesma. Por outras palavras, a Fonte ama-se a Si Mesma. Para explorar este amor, todavia, precisa de uma posição fora de Si Mesma; precisa de ser capaz de se sentir separada e, então, voltar a olhar para Si Mesma e experimentar esse amor por Si Mesma.
A máxima eficiência é conseguida quando a parte que está a observar tem a sensação de estar separada da Fonte, mas, apesar disso, ama a Fonte como se não estivesse separada.
Assim, vocês concluíram que o cúmulo da satisfação viria quando uma parte de vós mesmos – aquela que a si mesma se percebia como separada – chegasse a amar a Fonte a partir da sua própria vontade. Portanto, decidiram continuar a fazer-se encarnar neste planeta, aceitando o risco potencial que isso significava para a espécie. Como entidade grupal tentaram, então, uma experiência surpreendente, algo muito atrevido e único no Universo: decidiram apagar, das vossas projeções que já se tinham tornado autônomas, qualquer conhecimento e qualquer sentimento da unicidade essencial com a Fonte. Decidiram que, no momento do nascimento, se levantaria um véu entre a consciência e o ESPÍRITO, de tal forma que o recém-nascido esqueceria a sua verdadeira natureza.

Tu, aceitaste voluntariamente essa amnésia, ao nascer!

E, assim, apagaram toda, ou grande parte, da memória acerca da natureza dos vossos espíritos, nos eu-ego encarnados. Seriam essas projeções de vós mesmos – que, entretanto, se tinham autonomizado e surgiam no planeta como seres humanos – seriam elas capazes de se aperceber das suas verdadeiras naturezas, durante as passagens pelo plano físico? Ou desencarnariam na ignorância para se sentirem surpreendidos quando se reunissem com o eu-espírito? E como tratariam os outros que estavam no mesmo plano, nas mesmas condições? Reverenciariam respeitosamente a evidência do espírito neles e no planeta ou, pelo contrário, sentir-se-iam tão separados das suas próprias naturezas que negariam essa evidência? Se assim fosse, acabariam por vê-los como uma ameaça e decidiriam combatê-los? Certas regras foram inventadas para servir de guia a estas interações dentro do jogo. Assim, qualquer intercâmbio entre dois seres encarnados – com base na amabilidade ou na crueldade – deveria acabar sempre equilibrado, quer entre eles mesmos, quer entre os outros seres do mesmo eu-espírito que estejam encarnados. Este equilíbrio é aquilo a que chamaram a Lei do Karma.

Recorda, por favor, que a Fonte não vos impôs esta Lei que diz que toda a gente tem de saldar as suas contas; foram vocês, e os outros co-criadores da experiência, que acrescentaram esta pequena variação ao jogo!

O karma acabou por ganhar uma péssima reputação devido a este mal-entendido. A lei que defende que um ato de crueldade deve ser compensado por outro do mesmo tipo, não passa de uma limitada interpretação do karma da 3ª dimensão. A verdade é que um ato de crueldade pode ser facilmente compensado através de subsequentes atos de amabilidade ou de perdão por parte da “vítima” dessa crueldade. No entanto, vocês esperavam que, através destas pistas, os vossos eu-ego encarnados acabariam por se aperceber, ao longo das encarnações, do que estava a acontecer, sairiam da amnésia… e passariam a aceitar incondicionalmente aqueles que ainda estavam sob o efeito da tal amnésia!

Um detalhe: como os eu-espírito operam no tempo simultâneo, uma situação kármica entre X e Y, durante uma determinada vida, poderia já ter sido equilibrada entre X e Y naquilo que percebem como uma vida passada. Portanto, o verdadeiro objetivo de terem adotado um sistema baseado no karma, foi criar situações intensamente emocionais só para verem como é que os eu-ego do plano físico seriam capazes de responder. Assassinariam? Roubariam? Lutariam devido ao medo? Ou, pelo contrário, atuariam a partir do amor para se ajudarem, para se perdoarem e reconhecer o ESPÍRITO nos outros?

Para que isto resultasse, a amnésia tinha de ser, evidentemente, total na maioria dos seres encarnados… embora cada vida específica que experimentassem detivesse o potencial de reconhecimento da sua verdadeira natureza. A compreensão não forçada desta natureza e a onda de amor incondicional que automaticamente se lhe segue, permite que tu – o jogador deste “jogo das escondidas” cósmico – de repente, encontres aquele que se “escondeu” e te apercebas de que, afinal, sempre foste tu mesmo!