DEMONOLOGIA|PORTAL - novembro 22, 2016

Guia do invocador: Medo

Tenho me misturado ultimamente com uma galera que parece se interessar por invocação, e percebo que muito do que já foi dito nos livros, fóruns e comunidades já se esqueceu, então resolvi escrever alguns artigos curtos citando aspectos fundamentais para cada invocador e também aspectos que deveriam ser do conhecimento dos mesmos.

E então resolvi começar citando um dos principais sentimentos utilizados por entidades “negativas”, o medo.

O que é o medo?

Ao contrário do que muitos pensam o medo não é algo ruim, na verdade o medo é um mecanismo de defesa que herdamos dos nossos ancestrais e é passado de geração em geração pelo nosso DNA, o que faz você ter medo hoje provavelmente será o que fará o seu filho, neto, bisneto e tataraneto ter, instintivamente, medo no futuro. Muitas pessoas chegam a colocar o medo em um patamar quase elogioso, deixando claro que os covardes sobrevivem e que os corajosos são os primeiros a bater a botas… isso faz até certo sentido, mas se for olhar por esse ângulo seríamos uma população de descendentes de medrosos, o que é bem desapontador.

Ainda assim não devemos tirar o mérito que o medo tem na humanidade, ele é uma reação natural e nos faz viver mais, afinal um homem sem medo ou morre cedo ou faz muita cagada e apanha pacas [vide demolidor].

E o que essa palhaçada tem com a invocação?

Todo mundo diz que o sentimento mais forte é o amor, outros dizem que é a fome mas posso garantir que com medo você larga sua esposa pra morrer e o prato de comida pra trás, não digo qualquer medinho, mas daqueles de deixar o seu cabelo branco [sim, isso acontece de verdade]. E obviamente se nós pobres mortais sabemos disso as entidades milenares também sabem, ou seja, uma das maiores fraquezas do invocador não é segredo pra ninguém.

Obviamente tendo isso no arsenal qualquer entidade vai usar sem pestanejar e é por isso que a maioria dos ocultistas mais experientes parecem pessoas frias e sem medo, mas na verdade o que acontece é outra coisa.

Níveis de medo e Níveis de alcance de medo.

Sabemos que existem pessoas que podem ser consideradas medrosas, qualquer coisa soltam seus gritinhos e por qualquer motivo saem correndo, e não é desse tipo de medo ou de pessoa que falaremos aqui, o artigo irá tratar de uma pessoa minimamente condicionada a enfrentar o medo, ou seja, racionalizar ao máximo seus medos e tentar superar isso e seguir fazendo o ritual.

Condicionamento do medo: Em algum lugar aqui no portal já postei um exercício para enfrentar medos, consistia basicamente em encarar algo que lhe considere amedrontador, não é uma técnica ocultista mas puramente psicológica pois a maioria dos medos que sentimos vem de influências da nossa psiquê, ou seja, se você tem medo de gatos o exercício propunha que você se forçasse a ficar o mais próximo possível dos mesmo até que isso passasse.

O exercício de condicionamento de medo é obrigatório a qualquer invocador, disso já sabemos, a questão é que nem todo medo pode ser superado ou enfrentado e o ocultista deve aprender a conviver com essa falha, sabendo que a mesma poderá ser usada a qualquer momento, nesses casos técnicas de selamento e até hipnose são empregadas para diminuir a chance de que algo ou alguém descubra desse medo.

Concluímos então que temos medos:

  • brandos, que normalmente são reflexos de pessoas “frescas”.
  • médios, que nascem irracionalmente provavelmente por herança genética ou social.
  • graves, que tem cunho inconsciente e entram no grupo das fobias e levam muito tempo e tratamento para serem superados.
  • perpétuos, que existem e infelizmente não tem causa ou tratamento conhecido pelo invocador ou ciência humana.

Sabendo dessa listinha básica você já sabe por onde começar para enfrentar seus medos e se tornar um ocultista melhor e mais destemido.

Níveis de alcance: Os níveis de alcance são como esses medos podem afetar você, desde um simples espasmo facial até um desmaio. Esse tipo de reação é que vai ditar o quão pronto você está para realizar um ritual com uma entidade maior e mais poderosa que você, ou seja, além de ter que ler todos aqueles livros, ter todos aqueles apetrechos e treinar um monte de coisa, você ainda vai ter que ver até onde o seu “medrômetro” aguenta antes que você possa se pôr em risco e os membros do seu grupo de práticas.

Sou fodão e destemido, e agora?

Digamos que você já leu até aqui e concluiu que já superou medos o suficiente e que está pronto para realizar uma invocação com aquela entidade comedora de cuzes que você tanto ouviu falar… Agora vem a pior parte.

Indução de medo, níveis.

O medo que sentimos em rituais não é um medo natural, é um medo induzido pela entidade que deseja nos enfraquecer e diminuir nossa vontade para que ela possa encontrar uma brecha para ir embora ou conduzir o rito no seu lugar, logo mesmo que você seja o pica das galáxias do anti-medo, pode ser que não adiante nada porque a entidade vai simplesmente mexer com a sua cabeça e te fazer chorar como uma garotinha.

a indução de medo vai acontecer em vários níveis e eu vou citar alguns bem conhecidos tais como:

Manifestações físicas: Algo acontecerá de forma física durante o rito e isso lhe induzira um medo prévio.

EX: O cara tem pavor de insetos.

Durante o ritual inexplicavelmente uma quantidade fora do normal de insetos surge para tirar a concentração do mesmo e dependendo do nível até afetá-lo psicologicamente.

Algumas dessas manifestações bem conhecidas são: Barulhos característicos, ventos, mudanças de temperatura, sons, cheiros, vibrações e até aparições.

Percebam que pode parecer estranho a entidade fazer algum barulho pra assustar alguém, afinal quem teria medo de barulhos? Mas um barulho estranho numa hora errada [como uma respiração do seu lado quando você está sozinho em casa] pode ativar um medo lá dos primórdios da sua geração.

Manipulação mental: E começamos a baixaria, aqui trataremos de entidades em um nível um pouco superior, daquelas que entram na sua mente e bradam os seus segredos durantes o ritual, te ameaçam e etc, as que normalmente tem o péssimo hábito de possuir corpos também. Esse tipo de espírito já atingiu um nível de entendimento do funcionamento humano ao ponto de ler nas impressões energéticas do invocador trilhas do tempo-espaço e assim conseguir encontrar memórias de coisas que aconteceram e memórias de reflexões sobre aquilo, ou seja, ela vê o que aconteceu e o que você pensa, e obviamente no meio disso ela irá encontrar o seu medinho de bonecas de louça.

A melhor forma de se precaver desse tipo de entidade é com a confissão, porém para os medos o exercício citado anteriormente é essencial afinal essa entidade só conseguirá usar o que é claro na sua mente e tudo isso você já enfrentou durante a preparação.

Manipulação física: E quando achamos que não tinha como ficar pior… Certas entidades chegaram num nível de entendimento do funcionamento humano tão absurdamente alto que elas conseguem induzir o efeito de qualquer sentimentos simplesmente mexendo nas reações químicas do seu cérebro. É exatamente isso, se você não tem nenhum medo real que possa te afetar a entidade vai simplesmente fazer o seu cérebro mandar todos os recados para o seu corpo para que você sinta todos os efeitos do medo ,e adivinhe, o medo virá e você simplesmente não saberá do que está com medo, terá o medo MAIS PURO QUE EXISTE, um medo totalmente irracional.

Obviamente você não precisa arrancar os cabelos e desistir da invocação por conta disso, apenas entidades muito antigas e extremamente ligadas á ocultistas são capazes de tal ato, existem muitas delas porém todas vem com “tarja preta”

A única forma de se enfrentar isso é com profunda meditação e desprendimento do corpo [sim os yogins estavam certos] quando seu corpo começa a funcionar sozinho e de forma que você não quer apenas o desligamento da matéria pode te salvar de um fim drástico. Porém, sabemos que esse nível de concentração requer anos de prática auto-controle.

 

Bom, vou parando por aqui pois como disse serão matérias curtas.

Em breve canal no Youtube.

Sugestões e relatos deixem comentários.

Hasta.