

Contexto cronológico da goetia
Oioi pessoal, eu sou a Hell da Occulta Umbra e hoje vamos dar continuidade acerca das origens da Goetia, mas agora entrando no contexto cronológico das principais obras ao longo do tempo.
Vale ressaltar que alguns dos manuscritos podem até soar como pouco relevantes, mas na verdade, contribuíram nos estudos dos principais escritores e estudiosos do meio.
1499 – Steganographia: Ars Per Occultam (Johannes Trithemius)
Essa obra de Johannes Trithemius, traz a ideia de que “tudo pode” e que qualquer coisa pode conter uma mensagem oculta, o que ele chama de “a arte de ocultar uma mensagem dentro de outro texto”, e ainda completa explicando em outros termos que isso é como um “consequente secular da capacidade de uma alma especialmente capacitada por Deus para alcançar, por meios mágicos, da terra ao céu”. Ou seja, ocorre uma validação de que a fé cristã e o poder Deus direta ou indiretamente podem ser usados para evocação de demônios.


Nota: Johannes Trithemius foi professor de Heinrich Cornelius Agrippa, que era estudioso das filosofias ocultas. Posteriormente Agrippa escreveu suas próprias obras, e se tornou professor de Johann Weyer.
Importante ressaltar essa conexão entre eles, pois ambos foram figuras importantes e produziram obras fundamentais.
1525 – De Occulta Philosophia: Libri Tres (Heinrich Cornelius Agrippa Von Nettesheim)


Nesta obra são descritos todos os modos de trabalhar com adivinhações e magias natural e cerimonial de uma forma clara e com detalhes úteis para as técnicas atuais. Trata-se, enfim, de uma obra essencial para todos os estudantes das histórias das ideias e da tradição ocultas.
1563 – De praestigiis daemonum (Johann Weyer)
Nesse livro ele trata que a loucura e distúrbios mentais não eram vindos da feitiçaria, que a loucura não era possessão demoníaca, mas que eram consequências de coisas naturais. Entretanto, ele também aborda o aspecto de que demônios podem ser evocados para enganar pessoas e causar ilusões.
Bom, antes que algum emocionado diga que isso soa contraditório, devo lembrar que nesse período da história um indivíduo com distúrbios mentais era pejorativamente visto como louco, louco esse que era tido como “endemoniado”, possuído por demônios. É justamente essa ideia que Weyer quebra, explicando que distúrbios mentais não decorrem de possessões. Enquanto que, a ilusão que demônios podem causar quando evocados para isso, é no sentido de manipular falsas ideias.


1584- Discovery of Witchcraft (Reginald Scot)
É um tratado cético que registrava e desbancou as crenças populares e acadêmicas sobre feitiçaria, magia e outras “superstições”. Scot argumentou que a crença na magia era irracional e não-cristã. Scot sustentou que aqueles que foram acusados e executados por bruxaria eram inocentes e culpou a Igreja Católica por encorajar essas crenças supersticiosas. Era um texto central nos debates sobre feitiçaria e havia vários desafios às crenças de Scot (não menos do rei James VI e eu em seu próprio livro sobre feitiçaria, Daemonologie ), bem como um número menor de defesas. Por causa da abrangência desse livro, foi uma fonte útil de informações sobre crenças e práticas sobrenaturais, independentemente de o leitor concordar ou não com o ceticismo de Scot.


1591- Scrying
Com uma mistura de alquimia e vidência, o que chamamos de Scrying, John Dee e Edward Kelley formaram uma das parcerias ocultistas mais sensacionais de todos os tempos.
Dee e Kelley fizeram práticas de Scrying importantíssimas no estudo de magia enoquiana.




Continua na parte 2
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Sensacional!!!!