

Fé – Fundamento de toda magia
De onde vem o verdadeiro poder de um mago ou de um bruxo?
O que faz com que ele acredite que possa realizar prodígios por meio de seus pensamentos, sentimentos, palavras e atos?
Quando estamos iniciando no caminho, e muito possivelmente, mesmo após anos de práticas de exercícios, rituais e cerimonias, muitas vezes ignoramos fatos que deveriam ter sido esclarecidos no início, principalmente para o estudante solitário.
Os buscadores solitários são os mais prejudicados nessa questão, pois mesmo com uma abundancia de informações, nem sempre confiáveis, seja na internet ou em livros, em revistas, informações desordenadas, descoordenadas, informações úteis ou desnecessárias, ou seja, de baixo das quinquilharias que vamos acumulando no decorrer do tempo existe um grande vazio de fundamento.
Isso ocorre pelo desejo imediatista de resultados milagrosos, ou fantasiosos, projetados pelas mentes iludidas, de pessoas que se dedicam a magia mas não a filosofia oculta.
Atualmente dá-se muito mais ênfase na cerimonia do que no conteúdo, no simbolismo que a fundamenta.
Enquanto Cornelius Agrippa, Eliphas Levi e tantos outros se referiam a magia como uma filosofia, grande parte dos buscadores modernos buscam a realização de seus desejos imediatos esquecendo os fundamentos, esquecendo dos livros, esquecendo da busca pelo autoconhecimento. Muitos são os que buscam na magia evocatória a resolução dos seus problemas que eles mesmos poderiam e deveriam solucionar de formas acessíveis que contudo os dariam maior trabalho.
Quando lemos o Caminho do Adepto de Franz Bardon, Os Três Livros de Filosofia Oculta do Cornélius Agripa, Quando Lemos o Dogma e Ritual do Eliphas Levi e tantas outras obras de autores diversos, verificamos que há sempre um capitulo dedicado a importância do autoconhecimento, a ascese espiritual, a importância da religião, o conhecimento de Deus, a realização de uma religação com Deus, com o Sagrado ou com o principio criador, como queiram chamar.
E por que isso?
No seu livro sobre A Pratica da Evocação Mágica, Franz Bardon deixa claro que a autoridade mágica do mago, que faz com que ele possa comandar os espíritos é o fato de que o mago no circulo é a representação de Deus na Terra.
Quando estudamos sobre as consagrações verificamos que a essência das consagrações consistia no poder do consagrando de realizar a consagração e na força de sua oração, e que portanto, tudo dependia da fé, da crença, da força da vontade, da intenção, da confiança acima de tudo naquele Deus que ele professa sua fé e no método e ou escola que ele pratica e é membro.
Existem teoremas na magia, existe uma formula universal que fala em vontade + imaginação + transe ou gnose, e que dessa equação o resultado seria a realização magica, a mudança provocada pela vontade do mago, no mundo interior e ou exterior.
Mas o que faz o mago realizar tal equação objetivando determinado intento senão a crença de que essa equação funciona? Essa crença não seria a fé do mago?
O magista cerimonial que evoca determinada entidade por acaso não crê que ele no circulo é a representação de Deus na Terra, e que por isso fala em nome Dele, e que por sua autoridade as entidades o respeitam?
O Bruxo que evoca seu Deus ou sua Deusa no seu Circulo por acaso não está inundado da crença de que a seu(a) Deus(a), o está ouvindo, o responderá e poderá atender aos seus apelos?
Não é a crença, á fé, que faz com que o magista seja um magista? Não é a sua crença que alimenta sua vontade e o faz permanecer no seu período probatório dentro do seu grupo, escola ou ordem?
Mas a questão talvez seja entendermos o que é a fé, como desenvolve-la ?
Por Hassan Al Sahir
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Ótimo ! Parabéns Guerreiro .