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Possessão e incorporação pt-5

Olá pessoas, eu sou a Delirium da Occulta Umbra, Atos Negros e Imperium Fortuna e hoje vamos dar continuidade na materia sobre possessão e incorporação.

Catolicismo.

O fenômeno possessão-exorcismo não é exclusividade da Igreja Católica. Esse fenômeno também está presente nas outras religiões: Religiões Afro-Brasileira, Espiritismo, Cristianismo, Protestantismo, Pentecostalismo, Judaísmo e Islamismo.

Milhares de exorcismos são realizados anualmente na diocese de Roma. As sessões são realizadas privadamente e, na maioria dos casos, não há sinais de verdadeira possessão. Quando, porém, o sacerdote chega à conclusão de que um, ou vários demônios, estão possuindo o corpo do doente, as bênçãos corriqueiras (ou “exorcismos menores”) dão lugar ao rito solene da Igreja (o “exorcismo maior”), e muitas sessões podem ser necessárias até que se consiga uma liberação definitiva.

De acordo com Gabriele Amorth os chamados “ataques” podem surgir das mais diferentes formas, a mais comum seria a vexação, onde as pessoas seriam “feridas pelo demônio na saúde, nos bens, no trabalho e na vida afetiva.” Na obsessão, por sua vez o demônio produz pensamentos repetitivos e destrutivos, deixando a pessoa num contínuo estado de prostração, desespero e ideações suicidas.

Já as possessões são definidas por ele como a forma mais intensa (e a mais rara) de ataque, no qual o demônio toma posse do corpo do indivíduo, fazendo-o agir ou falar como ele quer, não podendo a vítima resistir e não sendo moralmente responsável por isso.

Há ainda, a infestação, quando a ação demoníaca se estende sobre as casas, os objetos e os animais, lembrando aqui, o fenômeno chamado poltergeist.

O filósofo e doutor em teologia Manuel Fraijó, descreve em seu livro “Satanas en horas bajas” diz de forma simples e direta, “Satanás não entra nas pessoas, não há endemoninhados, há enfermos de diversas categorias.”

O Padre Gabriele Amorth vem então rebater tal afirmação, durante uma reunião realizada na clínica psiquiátrica da Universidade de Roma, Amorth explica aos médicos presentes sobre os sinais que diferenciam doenças psiquiátricas de possessão. Segundo ele, as pessoas, às vezes durante o ritual de exorcismo, segundo sua experiência, cospem pregos, vidros, madeixas de cabelo… e diz: o caso mais grave que estou acompanhando é o de uma pessoa de quem os demônio disse que fará vomitar um aparelho de rádio, já vomitou dois quilos de material.

Casos como esse, extraordinários e dificilmente críveis, são, contudo, a exceção.

Para a maioria dos que procuram o ritual de exorcismo solene é desnecessário. Don Amorth não enxerga contradições entre os saberes psiquiátricos e a prática do exorcismo, ele é enfático: Antes de mais nada, exijo um parecer médico e leio atentamente os relatórios clínicos.

Há aqui uma ideia de cooperação, que busca afastar distúrbios psiquiátricos de fenômenos de possessão demoníaca. Mas, se por um lado o demônio pode querer mascarar sua ação dando a ela sintomas de doença, por outro não se deve proceder com o ritual de exorcismo sem que a hipótese de patologia seja afastada.

O fato é que, a realidade das possessões e a validade dos exorcismos eram, todavia, muito frágeis, pois geravam muitas dúvidas, muitas vezes insolúveis. Temos o exemplo das possessões de Loudun, que segundo o ensaio do escritor Michel de Certeau, mostram como a medicina, teologia e direito confrontam-se numa controvérsia enorme, não apenas a respeito dos eventos (a possessão das freiras ursulinas) mas também de seu conteúdo.

Discernir possessões genuínas daquelas simuladas, numa época que assistiu a vários casos de falsa santidade e falsa possessão, era tarefa contínua, para os responsáveis pela análise do fato. Mas ainda assim, não podemos generalizar a credulidade do passado. No ritual de 1614, encontramos a seguinte recomendação: “Primeiramente não creia facilmente [sacerdote] que uma pessoa está possuída pelo diabo, mas se atente aos sinais pelos quais se pode distinguir o possesso do melancólico, ou de outro doente”.

Além da necessidade de seguir os indícios: falar determinadas frases ou apresentar fluência em língua desconhecida, conhecer coisas ocultas, ou à distância, possuir força superior à sua condição.

Apesar do abismo entre a medicina do século XVII e a atual, e também das ações de certos exorcistas, nem tudo era entendido como possessão. Havia a ciência de que certas patologias existiam e havia sim a necessidade de afastar essa hipótese com prudência e discernimento.

Por hoje ficamos por aqui. Fiquem de olho para a próxima parte da matéria.

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