

De onde vem o nome Goetia?
Todos já ouviram falar sobre os 72 gênios ou demônios que o Rei Salomão aprisionou dentro da arca de bronze, mas não se foi muito falado sobre esses 72 seres, além do que se encontra nos grimórios comuns (clavículas de Salomão) que ensinam a evocá-los.
O nome “goetia” provém de Johann Wolfgang von Goethe (Frankfurt am Main, 28 de Agosto de 1749 — Weimar, 22 de Março de 1832) foi um escritor alemão, além de cientista, filósofo e botânico. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX.
Juntamente com Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão Sturm und Drang. Foi o autor da peça Fausto, publicada em duas partes, a saber: em 1806, a primeira e mais famosa e a segunda em 1833, porém inacabada. Fausto é o protagonista de uma popular lenda alemã de um pacto com o demônio, baseada no médico, mágico e alquimista alemão Dr. Johannes Georg Faust (1480-1540). O nome Fausto tem sido usado como base de diversos romances de ficção, o mais famoso deles do autor Goethe.
Considerado símbolo cultural da modernidade, Fausto é um poema de proporções épicas que relata a tragédia do Dr. Fausto, homem das ciências que, desiludido com o conhecimento de seu tempo, faz um pacto com o demônio Mefistófeles, que lhe enche com a energia satânica insufladora da paixão pela técnica e pelo progresso.
Johannes Georg Faust, o homem, nasceu no ano de 1480 em Knittlingen, na região de Württemberg, Alemanha. Segundo o teólogo protestante Philipp Melanchthon (1497-1560), quase conterrâneo seu e que ele tratou não muito amigavelmente em Wittenberg, entre 1525 e 1532, Fausto teria estudado em Cracóvia, onde a magia era então matéria curricular.
Consta que ele fez uma conferência em Worms, em 1539, e que “muitas pessoas se deixaram iludir”. Também é fato que muitas famílias de destaque o acolhiam e algumas lhe confiavam à educação dos filhos. Quando ele morreu em 1540, em Staufen im Breisgau, não faltou quem jurasse ter sido por obra do diabo, que lhe viera esganar.
O próprio Melanchton admitiu a hipótese de tratar-se de morte sobrenatural. No intuito de compilar tudo quanto se acreditava e dizia acerca de Fausto, Johann Spiess, livreiro e escritor de Frankfurt, compôs no ano de 1587 a primeira narrativa literária desse personagem. Era um volume de 227 páginas, intitulado como a Historia von dr. Johann Fausten, cujo enredo contava como ele se vendeu ao diabo a prazo estipulado, as extraordinárias aventuras que viveu nesse ínterim, a magia que praticava, e por fim sua morte e danação.
Tudo isso publicado para servir de advertência sincera contra os que levavam a curiosidade intelectual além do limite estabelecido pelas igrejas. Como sempre, tudo o que a igreja faz ou tenta fazer, acaba se voltando contra os seus próprios propósitos, pois qual é o estudante de ocultismo que não conhece ou não foi inspirado pela tão famosa “Goetia”! Outra coisa de importância a se comentar é a diferença entre os termos “invocar e evocar”. Invocar significa chamar para dentro de si, enquanto evocar seria trazer a sua frente “visivelmente”. A goetia se trata, não de invocação, mas de evocação “visível” das forças mágicas de nossa psique. Existem diversos livros e grimórios que tratam desta mesma arte, mas de formas diferentes.
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