

(PRÁTICAS) Altares, como fazer…
Os altares são usados desde os primórdios da sociedade humana, mas até hoje são um mistério para muitas pessoas que, conseqüentemente, costumam generalizar todos os altares que estejam fora de estruturas religiosas como sendo para magia “satânica”, apesar deles estarem mais presentes no nosso cotidiano do que pensamos. Não é difícil encontrar nas casas hoje em dia prateleiras inteiras dominadas por fotos de família ou coleções de objetos, pedras, incensos e incensários, mas é muito difícil entendermos que esse tipo de coisa pode SIM constituir em um altar pessoal.
Os altares pessoais e inconscientes que possuímos em casa as vezes serviriam muito bem a uma entidade que estivesse ligada aquele objeto ou aquela intenção. Por exemplo, uma pessoa que coleciona garrafas de bebida e as expõe em uma prateleira, poderia usar isso como um pequeno altar para Dionísio. Coleções de dedais poderiam nos remeter a Mulher Aranha, tecelã do fio da vida da crença indígena americana e vários outros exemplos com os quais poderíamos fazer simples associações.
Essa “mania” de altares pessoais ultrapassam os níveis sociais e culturais. Sem saber, o ser humano vive cercado por altares e mal se dá conta disso não dando importância nenhuma ao seu processo de construção, perdendo assim uma chance única de poder melhorar a vida espiritualmente.
Na antiguidade, os gregos costumavam ter grandes salões com buracos de pedra gigantescos dentro do qual acendiam uma fogueira para homenagear os deuses. No período minóico esses altares jaziam dentro de cavernas cuidadosamente revestidas de conchas e pedras coloridas e paredes pintadas com desenhos místicos, de significado tão secreto quanto a localização da caverna.
Arqueólogos descobriram que nesse período existiam dois tipos de altares: Os móveis e os fixos. Duas coisas se tornaram claras a partir desses estudos, o altar fixo seria o altar ritual, geralmente construído dentro de um templo natural (uma caverna, um arvoredo, um topo de montanha) e não era acessível a todos, enquanto o altar móvel era feito para homenagear certas divindades por uma graça ou por um pedido que teria sido feito. Esses dois tipo de altares continuaram a existir até os dias presentes, o primeiro tipo muito visto nas igrejas e templos sagrados e o segundo tipo, apesar de ter perdido muito de seu significado original, continuou na vida das pessoas.
Construindo seu altar pessoal
Um altar é a porta para que a vontade se materialize. Criar um altar faz com que você se inspire em pensamentos subconscientes, o que o torna receptivo ao elemento que está em necessidade na sua vida.
A construção de um altar requer quatro estágios:
– Uma reflexão cuidadosa e sincera a cerca do objetivo do altar
– Planejamento do projeto
– O reconhecimento das emoções que estão por trás dessa decisão
– A construção do altar
Esses passos não são diferentes daquilo que deveríamos fazer antes de tomarmos qualquer atitude, seja ela importante ou não. A experiência como um todo é um processo de aprendizagem, onde descobrimos mais a respeito de nós mesmos, da maneira como vemos o mundo e do que os símbolos e objetos representam para nós.
•Materiais
Pessoas costumam confundir materiais ritualísticos com materiais inúteis e caros. Para um altar pessoal, necessitamos de algo que esteja impregnado com a energia de nosso desejo ou que expressem aquilo que precisamos. Pessoas tendem a acumular aquilo que gostam e que necessitam, então comece com objetos pessoais e depois, se precisar, compre algo que te lembre sempre do seu objetivo.
Depois de escolhidos os materiais, você precisa do local em que ele irá ficar. Pode ser uma prateleira na sala, em cima da lareira, na cozinha ou até no armário, se preferir algo mais reservado.
De acordo com o feng shui, o melhor local da casa para se dispor um altar é na frente da porta de entrada, uma vez que as energias poderão entrar livremente. Também segundo o Feng Shui, a direção em que seu altar está disposto pode ajudar muito as energias, por exemplo:
– Sul: Sucesso profissional, fama e fortuna.
– Oeste: Criatividade, alegria.
– Leste: Saúde e crescimento.
– Norte: Relacionamentos.
Depois disso, você pode escolher as cores de acordo com o seu desejo para forrar seu altar ou mesmo para escolher os objetos que nele colocar.
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