Ensaio sobre Fé – pt2

Por quê não se deve matar os Deuses alheios? Se pararmos para enchergar as religiões como treinamentos para a fé do homem, onde elas foram criadas para ensinar a todos como direcionar de forma funcional a sua fé/força de vontade, teremos TODAS as religiões como funcionais, mas como citado na peça anterior, as religiões foram deturpadas assim como a própria fé. Isso explica o motivo de tantas guerras entre cultos e religiões que pregam a paz e o amor acima de tudo, a reação agressiva dos religiosos ou pagãos ao entrar em contato com outras doutrinas é o maior exemplo de uma religião falha que não implica certezas ou confianças, e tendo seus alicerces frágeis necessita de força bruta para garantir o sustentamento.

E como a fé e a religião deveriam funcionar, você deve estar se perguntando, a religião seria um mecanismo de alinhamento e concentração de fé, utilizando-se de alguma egrégora ou não. Sabemos que nunca teremos respostas para todas as nossas perguntas, porém continuamos a perguntar, isso porque acreditamos que possa existir alguém ou algo que possa fazê-lo, ou que em algum momento ou em outra vida possamos continuar a busca até que uma resposta melhor surja, o nome disso é Fé, unica e puramente, não sabemos se existe um céu ou um inferno, ou se depois de deixar esse corpo continuaremos existindo, mas continuamos a tentar, o que nos faz tentar é o que as religiões deveriam encorajar.
A busca por Deus sempre foi o intuito principal das religiões porém com o tempo Deus não era mais tão atrativo e o que começamos a buscar foi o reino dos céus, o cansaço de uma vida física sem muito sentido ou felicidades fez com que o homem buscasse por um paraíso de ócio e marasmo, ele não mais queria o melhor pra ele, ele queria apenas algo melhor do que o que tinha, assim gerando uma meta humanamente possível, o que antes não existia, o encontro com Deus era algo indescritível, colossal e apenas os mais iluminados dentre os homens poderiam alcançar tal dádiva, porém o reino do céu era algo que qualquer empresário com uma equipe de paisagistas poderia reproduzir.
Com isso tivemos vários problemas, o primeiro é: O homem começou a vender o reino do céu, ou melhor, vários homens começaram a vender vários reinos do céu, o que antes era buscado não podia ser descrito (alcançar Deus), agora com a imaginação humana podendo descrever logo tivemos os mais diferentes paraísos para os mais variados gostos, seja uma batalha sangrenta e eterna ou uma orgia com inúmeras virgens.
O segundo problema foi : A barganha com Deus. Se o reino do céu existia e foi descrito à alguém então esse alguém se comunicou com Deus, essa era a lógica, como NINGUÉM conseguia se encontrar com Deus, o paraíso já era o suficiente, mas a forma de se entrar nele era de sabedoria de apenas poucos homens, esses os empresários do primeiro erro citado, logo começaram as negociações para adentrar ao paraíso, em uma espécie de barganha com Deus, onde o homem se preocupava em ter paz apenas depois da morte e não durante a vida.

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